Artigo

Ante as tragédias do mundo – Por Neyde Schneider

Sempre que a mídia nos apresenta um crime hediondo, daqueles que chocam a opinião pública, o primeiro sentimento que nos invade é o da revolta e do julgamento apressado. “Deveria ir para a cadeira elétrica!” Ou ainda: “Merece a pena de morte…”

 

Entretanto, parafraseando Jesus, sugerimos perguntar: “Quem me fez juiz do meu irmão?” Ou ainda, como está no Evangelho de Mateus, convidamos a refletir sobre essa outra máxima do Cristo: “Todo reino dividido contra si mesmo ficará deserto. E toda cidade, ou casa, dividida contra si mesma, não subsistirá.” E mais, como no versículo seguinte: “Se Satanás expele a Satanás, dividido está contra si mesmo. Como, pois, subsistirá o seu reino?”

Infelizmente, não obstante o conhecimento espírita que nos luariza a mente e o coração, costumamos cair no comportamento comum, do julgamento precipitado, esquecendo-nos de que também nós estamos sujeitos a cometer os mesmos erros – e pelos quais poderíamos ser cobrados ainda com maior rigor!

“Não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos de todo mal”. Não foi isso que o Senhor nos ensinou na oração do Pai Nosso?  Mas a que mal estamos nos referindo? Aquele do qual possamos ser vítima ou aquele que possamos vir a praticar?

Pois bem, meus irmãos! Seja no âmbito familiar, profissional ou na direção da própria casa espírita objeto de nossa dedicação, é imprescindível seguir as lições do Evangelho, aplicando-nos ao “não julgueis”, mesmo porque não podemos julgar com o devido juízo. Isso só Deus pode fazê-lo, com inteira justiça.

E sigamos a recomendação de Agostinho (na Questão 919 de O Livro dos Espíritos), consultando a própria consciência, todas as noites, ao nos deitar: “Terei eu em algum momento faltado com a Lei de Amor, Justiça e Caridade?”

Artigos – U.S.E. União das Sociedades Espíritas do Estado de São Paulo (http://www.usesp.org.br/site/artigos/?id=15)

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